Leitura do dia: Isaías, Capítulo 23

Publicado em 10/05/2013

            

Fechando o ciclo de oráculos contra as nações iniciado no capítulo 13, o autor dirige-se à Fenícia, o grande empório comercial da antiguidade e, mais específicamente  às cidades de Tiro, Sidônia, Társis e Chipre, cujo poderio sustentava-se nas atividades do porto por onde circulavam as riquezas de todos os países do Mediterrâneo: “vossa morada (o porto) será destruída” (1)

No versículo 4 o profeta cita o mar “como ser que não gera pessoas, em oposição à terra e suas cidades. Destruído o porto, o mar não pode oferecer auxílio” (comentário do pé de página da Bíblia do Peregrino)

Toda essa destruição será obra do Deus: “Foi o Senhor dos exércitos quem a planejou para rebaixar todo orgulho e esplendor, e humilhar os nobres do país” (9) este é o versículo central do capítulo em que o profeta decreta a soberania de Deus. Isto me faz lembrar do Titanic, em cujo casco escreveram aqueles que o construíram: “Nem Deus pode com o Titanic”, mas apenas um iceberg provou que isso era uma mentira. 

O profeta Isaías, entretanto, é o profeta da esperança, aquele que grita com ardor para que haja conversão entre os opressores do povo e é aquele que acredita na misericórdia de Deus. Disse ele: durante setenta anos – o que naquela época correspondia a uma geração – Tiro será esquecida, mas depois será restaurada e as riquezas de sua nova atividade pertencerão “aos que moram na presença do Senhor” (18)... e assim terminam seus oráculos contra as nações que se julgavam poderosas, declarando Isaías que a vitória final é do Senhor!